QUELUZ (Portugal)

 
  





QUELUZ 



LOCALIZAÇÃO - Queluz é uma cidade portuguesa no concelho de Sintra, distrito de Lisboa. É a 4ª cidade com mais população da Área Metropolitana de Lisboa.

ÁREA - 317 km²

POPULAÇÃO - 78 040 habitantes



HISTÓRIA


O Palácio e Quinta de Queluz foi incontestavelmente uma das mais importantes e suntuosas residências que a Realeza possuía em todo o Reino. Data do meado do século XVII, o primitivo edifício que pertenceu aos Marqueses de Castelo Rodrigo. Nessa época, Queluz não passava duma pobre aldeia, sem a mínima importância, e só mais tarde, quando aquela propriedade se instituiu em Residência Real, é que a povoação se engrandeceu, tendo uma época muito florescente até ao começo do Século XIX, e ainda no tempo do governo do infante D. Miguel. Os Marqueses de Castelo Rodrigo, como traidores à pátria, perderam o direito ao Palácio e Quinta de Queluz, por lhe terem sido confiscados todos os bens para a Coroa de Portugal, em Dezembro de 1640, data gloriosa da restauração do Reino do domínio Castelhano. D. João IV, por alvará de 11 de Agosto de 1654, instituiu a Casa do Infantado, em favor do filho segundo dos nossos monarcas, e fez- lhe doação nesse mesmo ano, dos bens sequestrados ao Marquês de Castelo Rodrigo e a outros fidalgos, que também haviam seguido o Partido de Espanha. O primeiro senhor da Casa do Infantado foi o infante D. Pedro, mais tarde Rei D. Pedro II. Esta casa, que se tornou mais grandiosa pelos rendimentos, honras e privilégios, extinguiu-se em 1834, tendo sido D. Miguel o seu último proprietário. 

D. Pedro resolveu fazer de Queluz o Versalhes de Portugal, e por isso tratou de aumentar a propriedade, com a aquisição de outras que lhe ficavam confinantes, encarregando do risco e execução do novo Palácio, da planta e ornatos dos jardins e quintas, o arquiteto português Mateus Vicente de Oliveira, e o arquiteto e escultor francês João Baptista Robillon. Em Junho de 1755 começaram os trabalhos da nova construção, e prosseguiram com mais ou menos atividade até 25 de Maio de 1786, dia em que faleceu D. Pedro III. Oito anos estiveram então as obras paradas, e no fim desse tempo, em 1794, a Rainha D. Maria I mandou edificar um novo corpo do Palácio, onde habitou na sua viuvez. No entretanto, aqueles oito anos não foram tempo suficiente para se concluírem as obras, nem os rendimentos da Casa do Infantado bastavam para as despesas, tendo a Rainha de mandar fornecer avultadas somas do tesouro público. Os jardins e parque chegaram a concluir-se, mas o Palácio ficou sempre incompleto. Durante o andamento das obras, contudo, apenas se aprontaram acomodações. Tendo-se incendiado urna grande parte do Palácio velho da Ajuda, a Família Real foi em 1795, fixar a sua residência no paço de Queluz, e ali se conservou até 29 de novembro de 1807, dia em que fugiu para o Brasil, pela entrada dos franceses em Portugal. Em 1821, porém, tendo já falecido D. Maria I, D. João VI, regressando do Brasil, para ali foi habitar, mas pouco tempo se demorou em Queluz, pois, em consequência de antigas desinteligências que então se renovaram entre o soberano e sua mulher, D. Carlota Joaquina, D. João VI veio residir para o Palácio da Bemposta, onde faleceu em 10 de Março de 1826, ficando em Queluz D. Carlota Joaquina só com a sua filha mais nova, a infanta D. Ana de Jesus Maria, conservando-se ali até ao seu falecimento, sucedido em 7 de Janeiro de 1830. Foi ainda naqueles paços que se realizou em 1827, o casamento da referida infanta D. Ana de Jesus Maria com o Marquês de Loulé, depois agraciado com o título de Duque. Queluz teve uma triste celebridade desde a partida de D. João VI para o paço da Bemposta, até ao ano de 1828, em que a infanta D. Isabel Maria, então regente, entregou o governo a seu irmão D. Miguel, que se fez aclamar Rei. Essa triste celebridade foram as conspirações permanentes que naquele Palácio se fomentaram contra a liberdade da nação, até esse ano de 1828. Durante os 5 anos que durou o governo absolutista até Julho de 1833, D. Miguel viveu no paço de Queluz com suas irmãs D. Isabel Maria e D. Maria da Assumpção. Depois de ser desterrado do país, o palácio ficou abandonado até Setembro de 1834, em que D. Pedro IV, achando-se gravemente enfermo, o foi habitar, desejando falecer no mesmo quarto onde havia nascido, desejo que realizou no dia 24 do referido mês e ano.




PONTOS TURÍSTICOS





PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ OU PALÁCIO REAL DE QUELUZ - Aclamado como um dos maiores exemplos do Rococó na Europa, este sofisticado Palácio do Século XVIII integra um museu e serve de residência a chefes de estado estrangeiros de visita a Portugal. Iniciado no ano de 1747 pelo infante D. Pedro, futuro D. Pedro III, a partir de um antigo Palácio rural dos Marqueses de Castelo Rodrigo. O corpo principal do Palácio, erigido até 1758, com as suas formas baixas e serpenteadas, decoração harmoniosa e intimista, foi completado e adaptado a residência de veraneio da família real, após o casamento do Infante D. Pedro com D. Maria Francisca, a futura rainha D. Maria I (1760), que viria a refugiar-se no palácio devido à sua agravada doença mental. Classificado como Monumento Nacional, que representa a extravagância do apogeu de Portugal, exibe belos azulejos ornamentais, profusa decoração dourada, lustres de cristal e belíssimos jardins, inspirados nos de Versalhes. Entrada: 9€ ( após às 15hs, 7,5€).


JARDINS DE QUELUZ - Organizados a partir de 1760, quando do casamento do infante D. Pedro com a futura Rainha D. Maria I, no perímetro do Palácio Nacional, pelo arquiteto Robillion e jardineiro holandês José Van del Kolk, dentro do «gosto francês» dominante.Os tanques, as fontes, as numerosas estátuas «rococó», os vasos de mármore, recortando e delimitando com rigor as zonas de verdura cuidadosamente organizadas, as cascatas barrocas, os lagos e o amplo canal (outrora navegável, e decorado com azulejaria setecentista).



FOTOS

PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ OU PALÁCIO REAL DE QUELUZ






 































































































JARDINS DE QUELUZ














































Nenhum comentário:

Postar um comentário