PÁDUA (Itália)

     


















PÁDUA (Padova)


LOCALIZAÇÃO - Na região do Vêneto, no nordeste do país, a 38 Km de Veneza 
ÁREA - 92 km²
POPULAÇÃO - 213.594 (2010) na cidade e quase 450 mil na sua área metropolitana.
Densidade Populacional - De 2267 hab/km².
ECONOMIA - Como toda a região do Vêneto, possui uma forte atividade agrícola e industrial, especialmente, alimentícia, vinícola e de moda, além da atividade turística. 


HISTÓRIA 

Pádua (em italiano: Padova; em vêneto: Padoa) é a cidade mais antiga do norte da Itália, a ocupação da região tem origens na pré-história. Conta a lenda, conforme está citado na Eneida, célebre Poema Épico escrito por Virgílio, no Século I a.C, que Pádua foi fundada pelo Príncipe Troiano Antenor, depois de passar pelo Isonzo, o rio subterrâneo que desemboca no mar Adriático, por sete grandes fissuras da montanha. Padova foi um importante centro comercial e agrícola na época do Império Romano em 59 a.C, chamada pelos Romanos de Patavium. Com a queda do Império, Pádua foi invadida pelos povos Bárbaros (640 d.C), do qual faziam parte os Lombardos que dominaram a Região. Apesar de ter sido arrasada pelos Lombardos no ano 602, recuperou-se e tornou-se uma comuna livre do Século XI ao XIII, quando passou por um período de grande florescimento. Nessa época foi erguida a famosa Basílica de Santo Antonio, bem como foi fundada a Universidade de Pádua em 1222. No começo do Século XV, a cidade foi anexada à República de Veneza. Como parte do Reino Lombardo-Veneto, a Região fez parte durante 60 anos do Império Austríaco e depois ficou sob o domínio de Napoleão. Durante um longo período Pádua e Verona foram rivais. 


PONTOS TURÍSTICOS 

Pádua é a cidade dos afrescos que estão presentes em diversos prédios antigos e, entre outras coisas, é conhecida internacionalmente por ser a cidade onde Santo Antônio faleceu. A data de sua morte é festejada pelos paduanos como a festa del Santo.  Pádua é também o local de nascimento do arquiteto Andrea Palladio que projetou e construiu (no Século XVI) as renomadas casas de campo no Século XVI (villas) na área rural de Pádua, Veneza, Vicenza e Treviso, imitadas em todo o mundo. O trabalho de Palladio em Vicenza é considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Pádua é uma cidade de avenidas largas, com praças Medievais no seu centro histórico e exemplares de arquitetura do período fascista. O centro é compacto, delimitado por muralha e por um canal em sua maior parte. Alterna grandes praças e pequenas ruazinhas pitorescas, especialmente na zona do velho gueto que foi restaurado e tornou-se o centro de galerias de arte, lojas de antiguidades e cafés. Ao atravessar o canal, logo após a ponte, à esquerda está a Arena Romana, com a Cappella degli Scrovegni. Da Estação, siga em linha reta, pelo corredor formado pelas vias: Corso del Popolo e sua continuação Corso Garibaldi, até chegar ao Centro Histórico e depois à grande área denominada Prato della Valle. Daí, entre na via Belludi até a Piazza del Santo. Ao longo deste percurso e entorno estão as principais atrações de Pádua. São cerca de 2 km de caminhada.


PIAZZA DEL SANTO 

Enorme praça, cheia de pombos e vendedores de artigos religiosos, é a mais famosa de Pádua. Ela é limitada no seu lado direito pelo Oratório di San Giorgio, a Scuola del Santo e o Museu Cívico. Em frente à Basílica del Santo, destaca-se um dos monumentos equestres mais famosos do mundo, a escultura equestre de Donatello (1453), retratando o General Gattamelata  (Erasmo da Narni)
Um chefe militar a serviço dos venezianos que se tornou um dos heróis daquela República Marítima. Foi a primeira estátua equestre fundida em bronze em tamanho real desde a antiguidade. Considera-se que ela foi inspirada na escultura de Marcos Aurélio existente na “Capitoline Hill” em Roma.













BASÍLICA DI SANT’ANTONIO
 (Basílica de Santo Antônio)

Maior Igreja de Pádua, conhecida localmente como Il Santo. Foi projetada por Nicola Pisano. É um dos mais importantes locais de peregrinação católica do mundo (O Caminho de Santo Antônio se inicia em Pádua), por abrigar o túmulo e conter as relíquias de Santo Antônio (língua, mandíbula e laringe). O Santo, de acordo com seu testamento, foi enterrado na pequena Igreja de Santa Maria Mater Domini e perto de um convento fundado por ele em 1229. Essa Igreja foi incorporada à atual Basílica com o nome de Cappella della Madonna Mora (Chapel da Madonna Escura). A arquitetura da magnífica Basílica atual é o resultado de três diferentes reconstruções, que tiveram lugar durante um período de cerca de 70 anos (1238-1310),com múltiplas influências: Românica nas naves, Gótica nos transeptos, e Bizantina nas cúpulas e torres (tem uma cúpula cônica que se ergue alta sobre as outras sete cúpulas arredondadas). As paredes ao seu redor são brancas e o interior tem uma decoração bastante requintada, com afrescos e outras pinturas, estátuas e relevos em mármore distribuídos pelas naves e pelas diversas capelas, esculpidos por grandes artistas do Renascimento Italiano. Apesar da vida simples do Santo, a Basílica tem oito cúpulas e vários campanários. No altar maior tem relevos de Donatello, significando os milagres do Santo. O túmulo de Santo Antônio fica na primeira capela à esquerda, que leva seu nome. O conjunto compreende quatro belíssimos claustros e dois museus: Um de Arte Sacra e Outro com as curiosas ofertas levadas ao Santo pelos devotos e peregrinos ao longo dos Séculos. Em uma sala próxima aos claustros, a vida de Santo Antônio é exibida aos visitantes em um espetáculo de multimídia. Destaques: A Cappella del Santissimo Sacramento, que é o túmulo de um famoso "Condottiero" Gattamelata e seu filho Giannantonio; A Cappella delle Reliquie, onde estão as relíquias de Santo Antônio, com esculturas de Tiziano Aspetti; O magnífico candelabro de Páscoa, de 1515, de Andrea Briosco; As seis estátuas de Santos no altar, de Donatello; A "Crucificação", de Altichiero da Zevio, uma das obras mais importantes do final do Século XIV. Existe ainda uma lojinha com artigos religiosos e também os famosos produtos realizados pelos Monges como doces, sabonetes, cremes, ervas para chá, mel, própolis, biscoitos etc. As velas que são vendidas do lado de fora da Igreja não podem ser acesas; só depositadas em um recolhedor de vela. Dentro da igreja não é permitido fazer fotos. É administrada pelos Frades Franciscanos Conventuais. A Basílica fica aberta todos os dias das 6h20 às 19h . Entrada é gratuita. 

Santo Antônio (também conhecido como Santo Antônio de Lisboa - cidade onde nasceu em 1195), nascido Fernando de Bulhões, tornou-se um Frade Agostiniano em Lisboa. Segundo a lenda, ele era um excelente conciliador de casais mas, sensibilizado com a decapitação de Franciscanos, deslocou-se para Marrocos numa ação de evangelização. Muito doente decidiu retornar a Lisboa, mas de regresso uma forte tempestade arrastou o barco até as costas da Sicilia, onde ele se tornou um grande pregador. Durante alguns anos, o Frade esteve na Bologna ensinando Teologia. Foi para a França, instalou-se em Marselha, mas retornou à Itália. Em 1231 regressou a Padova marcando a quaresma daquele ano por uma série de sermões da sua autoria. Muito doente, faleceu em 13 de junho de 1231, aos 36 anos. Foi canonizado pela Igreja Católica pouco depois de falecer. Foi orador brilhante e é considerado como um dos Santos mais milagrosos da Igreja Católica. Santo Antônio foi considerado um dos intelectuais mais notáveis de Portugal, pois tinha grande cultura e tornou-se uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica de seu tempo devido ao seu grande saber. Foi o primeiro Doutor da ordem religiosa dos franciscanos na Igreja Católica. Os Sermões Dominicais e Festivos são a única obra autêntica escrita de próprio punho pelo Frade Antonio com a marca da sua personalidade e espiritualidade. Existe um sermão para cada domingo ou festividade. Para fundamentar a sua interpretação, Antonio recorria à ilustração de temas filosóficos e morais recorrendo a citações de Aristóteles, Cícero, Sêneca e outros pensadores Gregos e Romanos. Também fazia referências à natureza e ao saber científico da época. Sempre foi procurado para conselhos, inclusive por São Francisco de Assis. Por sua dedicação aos mais humildes, Santo Antônio foi considerado como Protetor dos Pobres pelo povo, é também invocado para ajudar a encontrar objetos perdidos e diz-se que guardar um pão abençoado por Santo Antonio na despensa nunca deixa faltar a comida. No Brasil, sua popularidade é imbatível por sua fama de milagroso. Na Itália, Santo Antônio não é considerado o Santo casamenteiro. Na verdade, o Santo protetor dos casamentos é São Valentim. Todos os anos, no dia 13 de junho, é realizada uma festa em homenagem a Sant'Antonio.


ORATÓRIO DI SAN GIORGIO (Oratório de São Jorge) (Século XIII) é uma pequena capela Gótica, com lindíssimos afrescos feitos por dois alunos de Giotto. O prédio parece inclinando devido ao terreno macio.

SCUOLA DEL SANTO OU SCOLETTA, ESCOLETTA DEL SANTO (Século XVI) - Igrejinha próxima à entrada , com afrescos de Tiziano é uma pequena casa histórica, destinada às reuniões no Salão do Priorado dos membros do Arco de Santo Antônio. Ela foi erigida pela Irmandade em 1427, com seu teto em caixotões, segundo o costume da época, esculpido por G. Cavaleiros e pintado por D. Bottazzo, entre 1506 e 1510. As cenas pintadas nas quatro paredes são divididas por painéis de madeira com belas molduras douradas. Esse ciclo de afrescos foi pintados, entre 1510 e 1511 pelo jovem Ticiano. O ciclo conta a vida de Santo Antônio de Pádua, e além de Ticiano, há obras de Bartolomeo Montagna, Girolamo Dal Santo e Francesco Vecellio . Aberto entre 10-12h /15-17h. Pode-se comprar o ingresso casado para visitar o Oratório e a Scoletta, no Oratório.


PRAÇA PRATO DELLA VALLE

É um dos mais conhecidos símbolos de Pádua. É a maior praça da Itália e uma das maiores praças da Europa, com cerca de 90 mil metros quadrados. Foi projetada por Andrea Memmo, no Século XVIII. Historicamente foi um Teatro Romano chamado de Campo de Marte e mais tarde um parque de diversões, adquirindo o aspecto atual em 1775. Possui um canal de forma oval por onde correm as águas, e há uma ilha central. Cercada por áreas verdes, a ilha central é alcançada por quatro pontes. Nas bordas do canal, observam-se 78 estátuas de personalidades famosas do passado, como bispos, escritores, filósofos e artistas imortais. A ilha central se chama Isola Memmia, em homenagem a Andrea Memmo. As quatro pontes, que coincidem com os pontos cardeais, da praça, atravessam o canal e dão acesso a ela. Na Isola, há um lago com chafariz. O arranjo da praça foi inspirado na tradição aristocrática dos jardins venezianos, baseando-se em conceitos Neoclássicos, numa solução para o planejamento urbano e qualificação ambiental. Fica a poucos passos da Basílica de Santo Antônio . Hoje, é ponto de encontro dos padovanos e palco de manifestações artísticas, feiras e mercadinhos de antiquário. Ao lado da praça, em tempos antigos foi sepultada a mártir Giustina, onde hoje está erguida a Basilica de Santa Giustina, com as suas oito cúpulas. Outros prédios de arquiteturas divinas cercam a praça, o que apenas aumenta o seu encanto.



BASÍLICA DI SANTA GIUSTINA

Foi construída sobre as ruínas de um templo pagão, de aparência Medieval, a Igreja e o Monastério foi fundado no Século XV, lugar da tumba da Santa Giustina di Padua. Tornou-se um dos mais importantes Monastérios no Século XV. A Igreja impressiona pelo seu tamanho e simplicidade. No interior encontram-se as tumbas de diversos Santos: S. Giustina, S. Prosdocimus, S. Maximus, S. Urius, S. Felicita, S. Julianus, além das relíquias do apóstolo S. Matias e do evangelista São Lucas. É belíssima, uma das maiores obras-primas da arquitetura Renascentista, com seu interior em cruz latina, e dividida em três naves por enormes colunas. Com seus 122 metros, é a nona maior igreja do mundo. Seus destaques são: o Altar de San Luca, do Séc. XIV na nave esquerda; o Altar de San Prosdocimo, do Séc. XV, na nave direita; "O Martírio de Santa Giustina" de Paolo Veronese (1575); obras barrocas de Luca Giordano e Sebastiano Ricci. A partir do corredor direito, atrás da Arca da San Matthias abre-se uma passagem que nos leva ao Bem dos Mártires (1566), onde estão todas as relíquias dos mártires de Padova. Daí, chegamos ao Santuário de São Prosdocimo (uma pequena capela votiva), com uma decoração rica de mosaico e mármore, construída no final do Séc. XVI. Horário de funcionamento: 7.30-12h e de 15.30-19.30h. 



PALAZZO DELLA RAGIONE

O Tribunal de Justiça Medieval, com sua grande varanda com nove arcos, do arquiteto Camillo Boito (1873), está hoje destinado às feiras temáticas e exposições temporárias, mas já foi sede do governo e dos tribunais da cidade de Padova. Foi construído a partir de 1218 e em 1306 adquiriu a forma atual, com um telhado em forma de um casco de um navio invertido. Tem um único salão de 80 metros quadrados com 27 metros de altura sem uma única coluna de sustentação, tendo a fama de ser o maior telhado não suportado da Europa. O piso superior é ocupado pela maior sala do mundo, com 2.200 metros quadrados, a Feira. Nela observamos diversos afrescos relacionados com a astrologia do ciclo dos meses. Todavia, os afrescos originais, atribuídos a Giotto, foram destruídos por um incêndio em 1420. O destaque do salão é um gigantesco cavalo de madeira, uma cópia da estátua equestre do monumento Renascentista de Gattamelata, de Donatello e duas esfinges do Egito. Há ainda, num canto da feira, um pêndulo de Foucault, para enfatizar a ligação inseparável entre Padova e a Ciência. A cúpula original foi pintada por Giotto. Debaixo do grande salão, há um mercado secular. O Salone divide duas grandes praças, a Piazza delle Erbe e a Piazza della Frutta, sedes dos mercados padovanos das flores (Piazza delle Erbe) e das frutas (Piazza dei Frutti) . Na verdade, aí se vende de tudo, até mesmo roupas e belas toalhas de mesa, passando por tecidos italianos interessantes. A passagem coberta entre as duas praças é chamada de Volto della Corda. Aberto de 9-19h, entrada paga.


CAPPELLA DEGLI SCROVEGNI  - Na Piazza Eremitani. Com suas 4 paredes cobertas por afrescos de Giotto, é também conhecida como Capela Arena, por se encontrar num local ocupado por uma antiga arena romana, cujas ruínas ainda ali se encontram. Os afrescos de Giotto, nela presentes, são considerados os mais belos do mundo e um dos mais preciosos tesouros da arte ocidental. A capela foi construída a mando do rico banqueiro e comerciante de Pádua Enrico Degli Scrovegni, num local de acesso direto ao Palazzo Zuckermann, pertencente a sua família. Acredita-se que Enrico a construiu como uma forma de penitência por causa dos pecados de seu pai, um famoso e implacável agiota. Ao todo, os 38 afrescos pintados nas suas paredes interiores, representam a história de Maria, de Jesus e do Juízo Final, pintados entre 1303 e 1305. Esta capela foi dedicada a Santa Maria della Carità, em 1303, por isso parte do ciclo de afrescos de Giotto enfoca a vida da Virgem e celebra o seu papel na salvação humana.Tudo de cores vivas, muito conservados . O florentino Giotto da Bondone (1267-1337), pioneiro e revolucionário, na arte de representar figuras bíblicas de forma natural e humana, antecipando em mais de 200 anos o Renascimento em Pádua e que influenciou Leonardo Da Vinci, era conhecido por suas obras na Basílica de São Francisco, em Assis. Destaque para a Expulsão dos Mouros, a Natividade e o Juízo Final pintado na parede oeste da capela. Quem visita atualmente a capela passa por um hall de entrada climatizado, usado para estabilizar a temperatura entre o exterior e o interior da capela para garantir a conservação. Durante este período de 15 minutos, eles passam um vídeo sobre a Capela e Giotto. Horário: todos os dias das 9h às 19h .A permanência na capela é de apenas 15 minutos para cada grupo A entrada é muito restrita, tem que reservar com antecedência, No Museu Eremitani se retira o bilhete de entrada para a Capela Degli Scrovegni. A compra pode também ser feita online.

PALAZZO ZUCKERMANN -  Belíssimo Palácio, abriga hoje um museu de artes decorativas e mantém uma coleção importante de moedas antigas, armas e medalhas.

PIAZZA EREMITANI - Onde situa-se a Chiesa degli Eremitani e o Museu, além de ser a entrada para o parque verde pertencente ao Palazzo Zuckermann, onde encontramos a Cappella degli Scrovegni e o Giardini dell'Arena.

CHIESA DEGLI EREMITANI - Na Piazza Eremitani. Igreja, construída em 1276 em estilo Românico, atingida por pesados bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, quando preciosos afrescos de Mantegna foram destruídos. Sobraram apenas as quatro pinturas da Cappella Ovetari. Reconstruída e cuidadosamente restaurada, a Igreja conservou o estilo Românico do Século XIII.

MUSEI CIVICI AGLI EREMITANI (Museu Cívico ou Eremitani) - É um complexo que abriga vários museus dentro das suas instalações. No primeiro andar fica o Museu de Arte Moderna e Medieval, com ricas coleções de vidro, cerâmica e artes decorativas. No segundo andar ficam as obras dos artistas do Vêneto do Século XIV ao XVIII ( Giotto, Tintoretto, Giovanni Bellini e Veronese), e uma coleção de armas antigas e medalhas do Século XIX. Contém as tumbas de Jacopo(1324) and Ubertinello Carrara (1345), os poderosos senhores de Pádua. Não pode fotografar. O complexo fica aberto de 9-19h (assim como a capela, que na alta temporada as vezes tem uma visita noturna). Ele fecha as Segundas. 

PIAZZA DEL DUOMO - Onde fica o Batistério. Saindo dela, podemos entrar por um belo arco que fica ao lado da praça e nos introduz por pequenas ruelas que nos levam para fora, sob o Palazzo del Capitanio.

BATISTÉRIO - Hospeda o maior ciclo de afresco Medieval de toda a Itália, pintados por Giusto de Menaboi no ano de 1378.

PIAZZA DEI SIGNORI - Grande praça retangular do centro histórico de Pádua, onde fica o Palazzo del Capitano, cercada por arcadas onde existem restaurantes, pequenas lojas gastronômicas e bares. Ao fundo fica a Chiesa di San Clemente. No lado sul da praça, merece atenção a elegante Loggia del Consiglio, um edifício do Século XVI, que foi sede do Conselho Maior da cidade.

PALAZZO DEL CAPITANO -  Construção Renascentista com arcos na fachada, residência dos governadores venezianos do começo do Século XVII, (de 1427), famoso pelo seu enorme relógio astronômico do ano de 1344 (Arco dell’Orologio ).  O relógio marca as horas, minutos, meses, dias, fases da lua e até mesmo o "lugar" astrológico. Ele ainda trabalha com o seu antigo sistema, e suas engrenagens podem ser visitadas. À frente da Torre do Relógio observa-se o Leão alado de São Marcos, símbolo de Veneza sobre uma alta coluna de mármore, uma obra de Giorgio da Treviso, uma obra que nos recorda que Padova foi dominada pela República de Veneza, no passado.

CHIESA DI SAN CLEMENTE - De 1190, com seu frontão de grandes dimensões, com imagens de San Clemente, Santa Giustina e San Daniel.

LOGGIA DELLA GRAN GUARDIA - Bem ao lado do Palazzo del Capitano, na esquina com a Via Monte di Pietà para a Piazza del Signori.

PALAZZO DEL BO (Universidade de Pádua) Via VIII Febbraio, -  Segunda Universidade Italiana mais antiga depois da de Bolonha, com quase 800 anos de existência, atraiu pensadores e artistas famosos para a cidade como Giotto, Mantegna e Donatello. As paredes são completamente cobertas de estemas das famílias dos antigos estudantes e de quem ocupava as cadeiras acadêmicas. É o lar da Universidade de Pádua desde 1493. Antes disso as Faculdades de Pádua se encontravam espalhadas pela cidade, mas gradualmente se reuniram em um grupo de edifícios da Via 8 de Febbraio. Este grupo de prédios era propriedade de um açougueiro, que os recebeu como agradecimento por ter fornecido carne durante o cerco da cidade. O açougueiro tinha aberto nesses edifícios uma estalagem (o Hospitium Bovis) cujo símbolo era um crânio de um boi, ou "Bo". Quando a propriedade passou para a Universidade, esta manteve o mesmo crânio como emblema, daí vem o nome Bo, preservado até hoje. Na atualidade, o Palazzo del Bo aloja apenas a casa do Reitor, a Faculdade de Direito e as salas de aula das faculdades de representação. As cerimônias oficiais e de graduação ainda são realizadas numa das salas do edifício. Dentre os celebres professores estão Galileo, o matemático Francesco Poleni, o anatomista Andrea Versálio (o pai da anatomia), Falópio e Elena Lucrezia (primeira mulher a se formar numa universidade).Acredita-se que ela tenha sido fundada em 1222, quando um grupo de estudantes e professores migrou da Universidade de Bolonha, à procura de maior liberdade acadêmica. Mas as Faculdades de Direito e Medicina já existiam em Padova antes disso. Inicialmente ela era a Universitas Luristarum onde ministrava-se o ensino de Direito Civil e Direito Canônico, mas já em torno de 1250 iniciou-se o ensino de Medicina e de Artes. A Universitas Artistarum torna-se independente da Universitas Luristarum, em 1399, graças à intervenção de Francisco II de Carrara, senhor de Pádua. Desde então passaram a existir duas Universidades distintas, dotadas dos mesmos direitos e privilégios, cada uma com seu próprio Reitor. Era o início do humanismo. O curso durava 6 anos e os estudantes deviam seguir as lectiones, tomar parte ativa das repetitiones, questiones e disputationes. Os estudantes afluíam de toda a Europa e eram divididos em duas "nações": a Natio Citramontana, que compreendia os estudantes italianos e a Natio Ultramontana, para estrangeiros. Quando Pádua passa a ser governada pela República de Veneza, em 1405, a sua Universidade inicia seu período de máximo esplendor. Entre os Séculos XV e XVII, ela torna-se um centro de estudo e pesquisa internacional, graças à relativa liberdade e independência da Igreja, garantidas pela República de Veneza, bem como à própria potência econômica e política da Sereníssima, da qual Pádua era o centro cultural. É nesta época áurea que a Universidade adota o moto Universa Universis Patavina Libertas ("Inteira, para todos, a liberdade na Universidade de Pádua"), tornando-se o principal centro científico da Europa. 

TOUR GUIADO NA UNIVERSIDADE - Começa na lindíssima sala da aula magna, cheia de afrescos e estátuas que contam a história da Universidade, onde os antigos alunos tinham a suas aulas e atualmente onde se realiza a cerimônia de graduação dos alunos da universidade . Depois passa-se a Sala dei Quaranta, com a cátedra de Galileo, que dizem é a original. Visita-se depois a Sala di Medicina, onde há peças de dissecção originais, retratos dos antigos anatomistas, pais da Medicina moderna, que após a sua morte doaram secretamente seus corpos para dissecção, porque naquela época a Igreja proibia essa prática, e quando não havia doações de cadáveres, os médicos eram obrigados a rouba-los dos cemitérios na calada da noite. Por fim, se conhece o Teatro de Anatomia. Não se entra nele, para manter-se a conservação, só o observa de cima. É um dos mais antigos e mais importantes edifícios médicos do mundo. Foi construído em 1594, quase cem anos após Alessandro Benedetti (1455-1525) publicar sua obra “De Anatomia”, onde, pela primeira vez, se descreveu um teatro para realização de autópsias. Ainda quase 50 anos antes da sua construção, Andrea Vesálio (1514-1564), o pai da Medicina moderna e professor da Universidade de Pádua, havia publicado o famoso livro “De humani corporis fabrica”. O Teatro ocupa os dois andares superiores do Palazzo Del Bo, indo do lado oeste ao norte do edifício. Sua forma é elíptica, como um cone de cabeça para baixo, com seis camadas concêntricas, cujas balaustradas esculpidas são de madeira de nogueira , parecendo uma cebola. Estudiosos famosos estudaram em torno desta mesa de dissecção. Alunos estrangeiros, também, aí se formaram e a partir daí, se dividiram mundo a fora para espalhar o seu conhecimento de dissecção. Custa 5 euros, Compra o ingresso perto da cafeteria. Horário 09.15,10.15 e 11.15h e dura cerca de 40 minutos. Não se pode fotografar. 

HORTO BOTÂNICO - Fundado em 1545, era ligado a Faculdade de Medicina. Este jardim botânico universitário, mais antigo do mundo, é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO. Horto possui uma importante coleção de plantas raras .

CASA DE PETRARCA 

ORATÓRIO DE SÃO ROCCO E O DE SANTA MICHELE

OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO LA SPECOLA

MUSEU DO PRÉ-CINEMA

PALAZZO ZABARELLA

PONTE SAN LORENZO

CHIESA DI SANTA SOFIA 

VILLA PISANI


PASSEIO DE BARCO NO CANAL DE BRENTA - É um dos mais belos passeios que se pode fazer a partir de Pádua. O canal, que chega até a laguna de Veneza, pode ser percorrido de barco e tem dos dois lados dezenas de magníficos Palácios construídos pela antiga nobreza veneziana. Os barcos param para visita em algumas das villas, como a Pisani, a Barchessa, a Valmarana e a Foscari, obra-prima do arquiteto Andrea Palladio, em Malcontenta. Além do canal de Brenta, existem outros percursos pelos canais do Vêneto, partindo de Pádua. Ele pode ser feito pela Burchielo, com saídas de Pádua às quartas, sextas e Domingos, e de Veneza as terças, quintas e sábados. O preço : 40-75 euros.





TRANSPORTE

Pelas vias rodoviárias (A4), dista 40 Km de Veneza e 230 Km de Milão. Há trens diretos de Veneza (30 a 40 minutos) e de Milão (2h30). A cidade e sua região possui um eficiente sistema de transporte publico. Há 3 Centros de Informações Turísticas na cidade : Estação de Trem (Piazza della Stazione), Galleria Pedrocchi e na Piazza del Santo. O Padovacard dá direito ao acesso gratuito em 10 lugares, a descontos em 20 lugares e ha transporte e estacionamento gratuito. Existe em duas versões: o de 48h (16 euros) e o de 72h (21 euros). Você pode comprar online (precisa saber o seu código de reserva que aparece no final da compra, e na hora da compra é marcado a data que você poderá usá-lo, de acordo com a sua preferência. Só se pode entrar uma vez, com o card, em cada monumento.



COMPRAS


Ruas fashions de Pádua (Via San Fermo e adjacências).

Via del Santo - Com suas galerias de arte, lojas de antiguidades e cafés.




RESTAURANTES


Caffe Pedrocchi - Via VIII Febbraio, 15  Foi fundado em 1772 por Francesco Pedrocchi e herdado por seu filho Antônio em 1800. Com suas habilidades empreendedoras, Antônio decidiu investir os lucros na compra das instalações adjacentes ao seu negócio e, em cerca de 20 anos, já era dono do quarteirão inteiro. O local fez sucesso e tornou-se um ponto encontro para os estudantes, intelectuais, acadêmicos e políticos. Até 1916, o café mantinha-se aberto 24h e por isso ganhou o apelido de “Café sem Portas”. O Caffé Pedrocchi entrou para história em 8 de Fevereiro de 1848, quando um estudante universitário foi ferido no seu interior. Esse acontecido deu origem a alguns dos movimentos que desencadearam o “Risorgimento” Italiano, movimento da história italiana, que tentou entre 1815 e 1870 Unificar o País, que era na época um conjunto de pequenos Estados submetido a potências estrangeiras. Esse movimento é lembrado no hino oficial da Universidade de Padova. Ele abriga o Museo Risorgimento no primeiro piso. Ainda hoje o café funciona e seus belíssimos salões, divididos conforme a cor da tapeçaria que os adornam: salas rossa (vermelha), bianca (branca) etc., Experimente os coquetéis de café. Aberto de 9.30-12.30/ 15.30-18h.

Brek Focaceria na P.tta della Garzeria, 6.

Grom uma das melhores sorveterias da Itália

Pizzaria dai Gemelli, um dos poucos lugares onde se pode comer tarde em Padova




HOTÉIS



Albergo Verdi - (Via Dondi dall'Orologio, 7, próximo a praça do Duomo), com bom preço e boa comida.


FOTOS PÁDUA (Padova)




























































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