Pamplona (Spain)




PAMPLONA



LOCALIZAÇÃO - Pamplona (em basco e co-oficialmente Iruña ou Iruñea) é a capital da província e comunidade autônoma de Navarra. Encontra-se no norte da Península Ibérica. Navarra faz fronteira com a França ao norte, o País Basco a oeste, La Rioja a sudoeste e Aragón a sudeste.

ÁREA - 25,24 km²

RIOS PRINCIPAIS - rios Arga (afluente do Ebro), Elorz (afluente do Arga) e Sadar (afluente do Elorz).

CLIMA: Está numa zona de transição climática entre os tipos mediterrânico e atlântico. Em geral o clima é suave, com alguns dias muito quentes no verão e muito frios e com muita nebulosidade no inverno. A precipitação é regular ao longo de todo o ano, acentuando-se nos períodos entre outubro e dezembro e abril e maio. O período mais seco é entre julho e setembro. Os dias de neve e geada ocorrem entre novembro e abril.

POPULAÇÃO - 196 955 habitantes (2014) Pamplona é a maior cidade de Navarra em número de habitantes.

IDIOMA - Castelhano (principal), mas o basco (euskera) também é bastante usado.

GENTÍLICO - pamplonês, pamplonesa; pamplonico/a; em basco: iruindar.

PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS: Além de capital e centro administrativo, a cidade é o centro financeiro, comercial e industrial de Navarra. As indústrias mais importantes de Pamplona são a automobilística, a metalurgia, materiais de construção, papel e artes gráficas e transformação de carne.



HISTÓRIA

O topônimo Pamplona deriva de Pompelon, o povoado mais importante dos Vascões e Pompeios polis, ou seja, a "cidade de Pompeio", era uma alusão à linhagem do General Romano Pompeu (106 — 48 a.C.). Os vestígios de ocupação humana da zona remontam a 75 a.C. 

Na Era Romana, o povoado Vascão chamado Iruña ou Bengoda foi convertido numa cidade romana pelo General Pompeu, que ali começou por instalar um acampamento militar em 74 a.C. a que chamou Pompaelo.

Após a queda do Império Romano, a região foi ocupada pelos Visigodos, os quais, ao contrário dos Romanos, não mantiveram boas relações com os Vascões locais.

Seguiram-se os muçulmanos do Al-Andalus, os quais dominaram de forma direta ou indireta o que viria a ser o Reino de Pamplona nos séculos VIII e IX. No início do século IX é fundado o Reino de Pamplona, um principado Cristão Vassalo do Califado de Córdova, mas com alguma autonomia.

O Reino de Pamplona viria a renegar a tutela muçulmana em 905, tornando-se um reino completamente independente, que passou os 130 anos seguintes em constantes conflitos com os estados vizinhos, tanto cristãos como muçulmanos. O Reino de Pamplona, ou de Navarra, como começou, entretanto, a ser também conhecido, teve o seu auge no início do século XI, quando Sancho III se tornou o Monarca Cristão mais poderoso da Península Ibérica, reinando sobre quase todos os territórios ibéricos cristãos e algumas partes do que é atualmente a França (a Baixa Navarra). Em 1164 o nome de Reino de Pamplona é definitivamente abandonado e passa a denominar-se Reino de Navarra.

A partir do século X e até 1423, em rigor Pamplona não era exatamente uma cidade, mas um conjunto de Burgos autônomos que inclusivamente eram separados por muralhas entre eles para se protegerem uns dos outros. Essa situação foi fonte de conflitos que se somaram às guerras frequentes com os estados vizinhos. Os conflitos entre os burgos aumentaram a partir de 1213 e culminaram em 1276 com a destruição de um dos burgos e no massacre da sua população (a chamada Guerra da Navarrería). A paz na cidade só foi definitivamente alcançada em 1423, quando a cidade foi unida sob um mesmo foral (o Privilégio da União) e as muralhas que separavam os burgos foram demolidas.

Desde meados do século XV até à anexação pelo recém-criado reino de Espanha, Pamplona viu-se envolvida numa série de conflitos pela posse do trono de Navarra, sucessivamente disputado por vários pretendentes, com a intervenção das potências vizinhas de Castela e França. Esse período, que ficou conhecido como Guerra civil de Navarra ou Guerra de Sucessão de Navarra, acabaria por ser o prólogo da mais breve "Conquista de Navarra", ou seja, a anexação de Navarra na União dos Reinos de Castela e Aragão, a qual se concretizaria a 25 de julho de 1512, quando Pamplona se rendeu a um exército invasor Castelhano apoiado por alguns navarros. Os Reis navarros depostos ainda tentaram retomar o poder e a cidade por três vezes, apoiados por tropas francesas, a última delas em 1521, quando uma revolta popular em Pamplona contra os invasores castelhanos chegou a dominar a cidade, mas no mesmo ano as forças dos pretendentes ao trono de Navarra foram definitivamente derrotadas na Batalha de Esquiroz.

Após a Revolução Francesa, durante a Campanha do Rossilhão, Pamplona foi cercada por forças francesas em 1794, as quais não lograram entrar na cidade. Entre 1808 e 1813 a cidade foi ocupada por tropas de Napoleão Bonaparte.

A cidade viu-se envolvida nas Guerras Carlistas que marcaram o século XIX, tendo sido palco do movimento popular e político em defesa dos Fueros que ficou conhecido como a "Gamazada". Apesar da vitória dos Republicanos e Esquerdistas nas eleições autárquicas que conduziram à Segunda República Espanhola (1931-1939), Pamplona foi controlada pelas Forças Franquistas desde o primeiro dia da guerra civil, o que não a livrou de ter assistido a centenas de fuzilamentos de Republicanos, os quais se prolongaram para além do final da guerra. Durante o Franquismo, a cidade transformou-se de uma cidade rural, apenas com indústria artesanal, numa cidade industrial, tendo mais que triplicado a sua população. Em atenção à fidelidade da região à causa Franquista durante a guerra, Navarra foi a única região histórica espanhola a conservar a sua autonomia durante o Franquismo, mas ao mesmo tempo foi uma das zonas com mais conflitualidade sindical de toda a Espanha, tendo sido palco de várias greves.

A "Transição" (do Franquismo para a Democracia) foi vivida intensamente em Pamplona, primeiro no plano sindical e posteriormente de forma generalizada. Nesse período houveram alguns distúrbios nas ruas de Pamplona, por vezes bastante violentos, como o da Semana Pró-Anistia de maio de 1977, durante a qual morreram duas pessoas, e os Sanfermines de 1978, durante os quais foram feridas mais de 150 pessoas. Apesar de não ter havido atentados do movimento terrorista e separatista basco Euskadi Ta Askatasuna (ETA) durante a primeira fase da transição, o mesmo não aconteceu posteriormente, tendo Pamplona assistido a vários atentados terroristas.

Entre vales e montanhas a oeste dos Pirineus, espremidos na fronteira entre França e Espanha junto ao Golfo de Biscaia, um povo misterioso resistiu por milênios às ondas de conquistadores romanos, celtas, francos, muçulmanos, visigodos e quem mais viesse. Preservaram sua língua, seus ritos e boa parte da cultura. São orgulhosos desse passado e lutam por sua autonomia e identidade. Os bascos são donos de uma cultura singular, que confunde antropólogos, linguistas e, é claro, estadistas interessados em dominar seu território. O último a tentá-lo de forma mais veemente, o general Francisco Franco, tentou varrer do mapa essas características – tal como tentou na Catalunha e Galícia –, fazendo com isso crescer um movimento de resistência mais engajado e violento, o Euskadi Ta Askatasuna, o ETA (Terra Basca e Liberdade). Hoje, mais pragmáticos e menos preocupados com movimentos separatistas, os bascos visam os benefícios de uma Europa unida e mais cosmopolita.

PONTOS TURÍSTICOS 

Pamplona é o final da segunda etapa do caminho dos peregrinos de Santiago que entram em Espanha por Roncesvalles. O percurso dentro da cidade é: Catedral, Praça de São José, Rua Curia, Rua Mercaderes, Praça Consistorial, Igreja de São Saturnino e Igreja de São Lourenço. Apesar de as ruas e edifícios de Pamplona serem muito antigos, a cidade tem um espírito jovem. Um dos grandes atrativos são as suas abundantes zonas verdes, o que é evidenciado pelo número de árvores ser aproximadamente igual ao de habitantes(20% da área urbana é composta de parques e praças). O centro de Pamplona é bastante pequeno e grande parte do centro histórico está muito bem preservado e data da Idade Média. e em uma hora já é possível percorrer as principais ruas, tanto a pé como de transporte público.



LA NAVARRERÍA

A parte mais antiga da cidade, está localizado onde um dia foi a cidade Romana de Pompaelo. Milhares de anos depois este bairro antigo é o coração e a alma da Pamplona moderna, com muitos parques, praças, bares de pintxos (tapas em basco) e a catedral gótica da cidade. 







CATEDRAL DE SANTA MARIA DE PAMPLONA


Encontra-se na Navarrería, a zona mais alta e mais antiga da cidade. A sua origem é desconhecida, mas sabe-se que em 1083 começou a remodelação que terminaria em 1100, sendo consagrada em 1124. Em 1300 encontrava-se em ruínas. A sua reconstrução foi impulsionada por Carlos III (1361-1425) e pelo cardeal Martín de Zalba, bispo de Pamplona. É considerado o monumento gótico mais importante de Navarra. Entre outros elementos, destacam-se três sinos do século XVI na torre norte, entre eles o chamado "Maria", datado de 1584, que só toca em ocasiões de solenidade muito especial e é o maior sino em uso em Espanha. No seu interior observa-se uma grande unidade dentro do gótico. É de planta em cruz latina, com uma nave central de dois corpos e cruzeiro da mesma altura, duas naves laterais, deambulatório e capelas laterais, todas elas com abóbada em cruzaria simples. No presbitério, sob um baldaquino gótico moderno, encontra-se a imagem românica de Santa María la Real chapeada a prata diante da qual os Reis de Navarra faziam o seu juramento. No meio da nave central encontra-se o mausoléu dos reis navarros Carlos III e da sua esposa Leonor.

MUSEU CATEDRALÍCIO DIOCESANO - Está instalado na Catedral, onde ocupa o antigo refeitório, cozinha e os aposentos do mordomo (século XIV). Entre as peças expostas, destacam-se os relicários do Santo Sepulcro de finais do século XIII e do Lignum Crucis (madeira da cruz onde Jesus foi crucificado), do século XIV, ambos em prata dourada e esmalte. Igualmente importantes são outras obras góticas, como o evangeliário chapeado a prata, o relicário da Santa Espina, ou a custódia do Corpus Christi e o seu templete, além de cruzes processionais de grande valor, como a de Arazuri. Há ainda diversas pinturas, nomeadamente de Van Dyck, imagens da Virgem dos séculos XII ao XV e algumas peças de talha dourada e artes decorativas.



CASCO ANTIGO (cidade antiga)

Ruas estreitas, construções antigas, onde se encontram ótimos bares, restaurantes, lojas, e comércios em geral. É no casco antigo onde ocorre tradicionalmente o Encierro (corrida de touros), e muito próximo a este, encontra-se uma da mais famosas arenas de touro da Espanha (Plaza de Toros ).






AYUNTAMIENTO OU CASA CONSISTORIAL

É a sede do Governo Municipal. O primeiro edifício foi construído em "terra de ninguém" para evitar rivalidades, mas perto da confluência dos três burgos, após a unificação dos burgos medievais, formalizada pelo "Privilégio da União", a lei foral de 1423. O edifício seguinte, do qual apenas se conserva a fachada, foi construído no século XVIII em estilo barroco. A última reconstrução de grande envergadura do edifício ocorreu em 1957, quando a maior parte foi demolida, pouco se mantendo além da fachada. A cerimônia de abertura das mundialmente conhecidas festas de Pamplona, os Sanfermines, decorre numa varanda do segundo andar do ayuntamiento, com o o chupinazo (lançamento de um foguete) ao meio dia de 6 de julho, com o lançador gritando (Pamplonesas, pamploneses..... Viva San Fermín!!.....Iruindarrak Gora San Fermín).


PLAZA DEL CASTILLO

É o coração urbano da cidade por excelência, algo que já acontecia na Idade Média. Uma das funções do seu espaço era a de praça de touros e foi lá que se realizaram quase todas as touradas entre 1385 e 1844, quando foi construída uma praça de touros permanente. Desde 1943 que o centro da praça é ocupado por um quiosque de pedra. Durante as obras de construção de um parque subterrâneo no final do século XX foram descobertas no subsolo da praça restos de termas romanas, uma necrópole muçulmana, uma parte da muralha medieval e restos do convento das Carmelitas. A praça é o fruto de construções de várias épocas distintas, pelo que nela se podem apreciar uma grande variedade de estilos nos edifícios que a circundam.


EL PALACIO DE NAVARRA

É, desde 1850, ano em que terminou a sua construção, a sede do governo "foral" (autônomo) de Navarra. É um edifício neoclássico de tipo palaciano. Destaca-se pela imponência das suas paredes em silhar, a dimensão calculada dos elementos e a sua distribuição e o frontão clássico em estilo dórico. Nas suas paredes são visíveis os impactos das bombas caídas durante a Guerra Civil Espanhola. No interior destaca-se o salão do trono, de grande majestosidade, em estilo isabelino, construído entre 1861 e 1865. Quando a Praça do Castelo foi aberta para a Avenida Carlos III, em 1931, foi construída nessa avenida outra fachada semelhante à principal. Tem um jardim com uma fonte luminosa e uma sequoia centenária, trazida em 1855 da América, conhecida popularmente como o "Pinheiro da Deputação" (Pino de la Diputación).


PASEO DE SARASATE 

Oficialmente: Paseo de Pablo Sarasate, também conhecido popularmente como Paseo Valencia. É uma grande avenida ajardinada onde se encontram diversos monumentos emblemáticos de Pamplona, como o Palácio e o Parlamento de Navarra, o Banco de Espanha, a Igreja de São Nicolau, o Monumento aos Forais de Navarra e as estátuas dos Reis de Navarra que foram inicialmente esculpidas para serem colocadas no terraço superior do Palácio Real de Madrid. Pablo de Sarasate foi um famoso violinista e compositor pamplonês do século XIX.








CÂMARA DE COMPTOS DE NAVARRA (Tribunal de Contas) - Encontra-se na Rua de Ansoleaga. É um edifício gótico do século XIV, onde funciona o tribunal de contas de Navarra pelo menos desde o século XVI e onde também funcionou o arquivo de Navarra e a Casa da Moeda do reino navarro. O tribunal foi criado em 1364, por Carlos II. Declarado monumento nacional em 16 de janeiro de 1868, a partir de 1910 foi a sede do Museu Arqueológico de Navarra, tendo voltado às suas funções ancestrais quando o tribunal foi recriado na década de 1980.



PALÁCIO DA DEPUTAÇÃO

Construído no local do convento das freiras Carmelitas Descalças, que foram obrigadas a abandonar o seu convento em 1836, durante a "Desamortização de Mendizábal".










CRÉDITO NAVARRO
TEATRO GAYARRE
(Teatro Principal)

Todos em estilo neoclássico. Tem uma sala com capacidade para 900 espectadores, que se distribuem por quatro pisos. É um edifício construído em 1931, para substituir o que existiu a partir de 1841 na Praça do Castelo. O nome atual foi atribuído em 1903, em honra do tenor navarro Julián Gayarre, natural de Roncal. Anteriormente o teatro chamava-se Teatro Principal. Por sua vez, o edifício já desaparecido de 1841 substituiu o "Pátio e Casa de Comédias", que funcionou desde 1608 na rua com o mesmo nome.


HOTEL LA PERLA

Fundado em 1859, supostamente o hotel mais antigo de Espanha ainda em funcionamento. 















IGREJA DE SÃO SATURNINO (OU DE SAN CERNIN) - Foi originalmente construída em Estilo Românico. Na sequência dos estragos que sofreu durante a chamada Guerra dos Burgos (ou de Navarrería), foi reconstruída no final do século XIII em estilo gótico. Tem duas torres que lhe dão um ar de fortaleza. A torre norte é rematada por uma flecha de tijolo, construída no século XVIII para substituir as antigas ameias. Os capitéis do portal têm representações de cenas da Paixão e infância de Cristo. Ao lado do arco tem imagens de Santiago peregrino e de São Saturnino, o santo nascido em Pamplona no século III que é o padroeiro da cidade.No local onde se erguia o claustro foi construída no século XVIII a Capela da Virgem do Caminho.

IGREJA DE SÃO LOURENÇO - Foi construída no século XIV em Estilo Gótico, mas a maioria do que existe atualmente é o resultado da renovação neoclássica levada a cabo no século XIX. Até 1901 conservou um torreão medieval e uma portada barroca, que nesse ano foram derrubados para construir uma nova fachada desenhada por Florencio Asoleaga. Tem uma capela barroca dedicada a São Firmino construída no início do século XVIII, onde se encontra a imagem desse santo pamplonês que é levada em procissão todos os 7 de julho, durante os Sanfermines.

IGREJA DE SÃO NICOLAU - Foi construída em 1117 e novamente consagrada em 1231, depois de ter sido destruída numa guerra com o burgo vizinho de San Cernin. Durante a Idade Média, funcionava como baluarte defensivo, tendo sido despojada dos seus elementos defensivos após a conquista de Navarra. No entanto, ainda conserva um certo ar de fortaleza, com elementos góticos e uma rosácea românica e uma torre do século XIV. O conjunto é uma mistura um tanto estranha de estilos. No seu interior encontra-se o maior órgão de Pamplona.

LA CIUDADELA, CIDADELA - É um exemplo de fortificação renascentista que se encontra no centro da cidade em forma de estrela (pentagonal) e conserva três dos cinco baluartes originais, foi construída no século 16 quando Pamplona era um importante posto militar próximo da fronteira com a França. Posteriormente, quando sua função militar deixou de ser necessária, o enorme complexo passou a ser a principal área de lazer e cultura da cidade. Na ciudadela você poderá desfrutar de parques, salas de exposições, esculturas ao ar livre, jardins, pistas de jogging.

JARDINS DA TACONERA  - Constituem o parque mais antigo de Pamplona e data do início do século XIX. No seu interior conservam-se restos da muralha, dois baluartes (o da Taconera e o de Gonzaga) e vários portais. Muito bonito com grandes fortes, conta com algumas espécies de animais, com diversidade de espécies vegetais, e está totalmente arborizado. Com a vantagem que deste é possível observar a cidade do alto, e desfrutar de uma vista magnifica.

PARQUE DA MEIA LUA
(Parque de la Media Luna) - É uma zona verde situada junto a um trecho das muralhas que deve o seu nome à sua forma de lua crescente. Por estar num lugar elevado, dele se desfrutam belas panorâmicas sobre a cidade e o rio Arga. Estende-se desde o Forte de São Bartolomeu, nas traseiras da praça de touros, até à "Ripa de Beloso", percorrendo um talude natural sobre o Arga. Entre as suas árvores destaca-se uma sequoia gigante. No seu interior existe um monumento ao violinista pamplonês Pablo Sarasate.

PARQUE DE TEJERÍA - É a continuação do Parque da Meia Lua. Situa-se ao pé da zona mais antiga das muralhas, entre o bastião do Redín e o rio Arga. É percorrido pelos peregrinos do Caminho de Santiago, que entram em Pamplona pelo Poral de França vindos da ponte da Madalena.

PARQUE DE YAMAGUCHI - É um parque de inspiração oriental, fruto das relações existentes entre Pamplona e a cidade japonesa de Yamaguchi, com a qual está geminada. No seu projeto participaram arquitetos paisagistas japoneses. Nele se encontra o Planetário de Pamplona. Fica um pouco mais afastado da cidade.

PARQUE FLUVIAL DO ARGA - É uma extensa zona verde com 33 km, onze deles no território do município de Pamplona, que ocupa áreas de 14 municípios e as margens de 3 rios. É gerido pela Mancomunidade da Comarca de Pamplona.

UNIVERSIDADE DE NAVARRA - É uma universidade privada fundada em 1952 por Josemaría Escrivá de Balaguer, o fundador da Opus Dei e é gerida por esta instituição O campus encontra-se a sul da cidade, nas margens do rio Sadar. Com os seus 40 000 m² é uma das zonas verdes mais importantes da cidade. Dentro do campus há mais de 43 000 árvores e arbustos, onde se destacam espécies como a sequoia, bordo, Sorbus aucuparia, tília, choupo, olaia, abeto, tuia, cedro, salgueiro, "erva da pampa" (Cortaderia selloana) ou Ginkgo Biloba.

PONTES DE MILUCE (romana)

PONTES DE SANTA ENGRÁCIA (gótica, do século XIII)

PONTE E TÚNEL DE PLAZAOLA Por onde circulava o comboio Pamplona-São Sebastião durante a primeira metade do século XX; da Rochapea (medieval)

PONTES DE SÃO PEDRO (de origem romana)

PONTES DE SANTA MADALENA (românica, do século XIII) - Por ela passam os peregrinos do Caminho de Santiago.

MOINHO DE CAPARROSO - Data do século XI e está a ser restaurado para albergar uma escola de remo e canoagem. O meandro da Madalena está a ser recondicionado e fala-se em transformá-lo em mais um grande parque.

CONSERVATÓRIO NAVARRO DE MÚSICA PABLO SARASATE - É uma escola superior que foi criada em 1858 como escola municipal de música e foi elevada à categoria de conservatório em 1957. Em 2004 foi dividido física e administrativamente no Conservatório Profissional de Música Pablo Sarasate e no Conservatório Superior de Música de Navarra. O seu nome deve-se ao famoso violinista e compositor pamplonês Pablo de Sarasate.

PALÁCIO DE CONGRESSOS E AUDITÓRIO DE NAVARRA - Também conhecido como Baluarte, devido à sua localização junto à cidadela, onde se encontrava um baluarte demolido no princípio do século XX, acolhe os eventos sociais e culturais de maior envergadura, além de exposições, feiras e congressos. Foi construído e é gerido pelo Governo de Navarra. Foi inaugurado em 2003 e entre as suas infraestruturas, que ocupam 63 000 m², conta com seis salas (uma com lotação para 1 600 pessoas, outra para 600 pessoas e quatro para 300 pessoas), 5 000 m² de espaços para exposições, 1 500 m² de áreas públicas e de restauração, zonas de escritórios, além de 25 000 m² de estacionamento.

CENTROS CÍVICOS CIVIVOX - São espaços cênicos e culturais de gestão municipal localizados em diferentes bairros da cidade. Realizam a maior parte das atividades culturais promovidas pelo Ayuntamiento. No início de 2011 existiam 8 centros Civivox: São Jorge, Mendillorri, Condestável, Jus de la Rocha, Iturrama, Ensanche, Centro Compañía e Casa da Juventude.

PLANETÁRIO DE PAMPLONA - É um centro cultural de divulgação científica e tecnológica situado no Parque de Yamaguchi e inaugurado em 1993. Tem uma cúpula de projeção com vinte metros de diâmetro com projetores e outros sistemas audiovisuais que permitem visualizar 9 000 astros. Conta também com uma área de exposições com 400 m² e um salão de conferências com capacidade para 250 pessoas.

MUSEU DE NAVARRA - É uma instituição do Governo de Navarra que foi fundada em 1956. Encontra-se na Rua Cuesta de Santo Domingo, no Casco Antigo, naquilo que foi o Hospital da Nossa Senhora da Misericórdia. Foi remodelado e reorganizado em 1986, procurando torná-lo mais atrativo para o público, organizando as coleções por ordem cronológica e criando uma sala de espetáculos, uma sala de exposições temporárias e outros serviços.

ARQUIVO GERAL DE NAVARRA - Está instalado no antigo Palácio dos Reis de Navarra, um edifício construído originalmente no século XII como residência dos reis de Navarra, tendo também servido durante a Idade Média como residência do bispo de Pamplona. Em 1530, com a anexação de Navarra no recém-criado reino de Espanha, passou a ser a residência dos vice-reis e, a partir de 1841, dos capitães-generais. Posteriormente foi a sede do Governo Militar. Em 1999 foi instalado no edifício o Arquivo Geral, tendo-se então iniciado as obras de reabilitação, um projeto do arquiteto Rafael Moneo. A reabilitação foi terminada em 2003. O arquivo existe oficialmente desde 1836, quando foi entregue à Deputação a custódia do arquivo da Câmara de Comptos quando esta foi extinta (a Câmara de Comptos voltaria a ser criada no final do século XX).

BIBLIOTECA GERAL DE NAVARRA - É a biblioteca central do Serviço de Bibliotecas Públicas do Governo de Navarra. Além de oferecer os serviços típicos de qualquer biblioteca pública, é também uma filmoteca e a instituição com a maior responsabilidade ao nível da preservação do patrimônio bibliográfico navarro e da coordenação de empréstimos entre todas as bibliotecas públicas de Navarra. Conta com uma coleção de mais de 300 000 obras, algumas muito antigas, documentos históricos do século XIX e o acervo da antiga "Biblioteca Taurina". A origem da biblioteca remonta a meados do século XIX, quando foi fundada a biblioteca do Instituto de Segunda Enseñanza de Pamplona. A biblioteca funciona desde 1 de março de 2011 num novo edifício construído para o efeito no bairro de Mendebaldea. Antes disso passou por uma série de locais (cave do hospital de Barañáin [1933], cave do Arquivo de Navarra, Palácio da Deputação), até que em meados do século XX foi instalada no piso térreo e na cave do edifício conhecido como La Agrícola, a antiga sede de uma instituição financeira de Pamplona onde também funcionou o Grande Hotel de Pamplona, construído em 1912, situado na Praça de São Francisco, na parte antiga da cidade.

FESTAS DE SÃO FIRMINO OU SANFERMINES - Como são conhecidas, constituem o maior evento da cidade e são mundialmente famosas desde a primeira metade do século XX. As festas realizam-se há vários séculos e decorrem entre os dias 6 e 14 de julho desde 1591.Segundo a tradição, São Firmino de Amiens, nasceu em Pamplona, filho do senador romano Firmus, que governou Pamplona no século III, converteu-se ao cristianismo e foi batizado por São Saturnino (o padroeiro da cidade, também conhecido localmente como San Cernin) no lugar hoje chamado popularmente de "Pocico de San Cernin". Além de co-padroeiro de Pamplona e padroeiro da diocese, São Firmino é o padroeiro das confrarias de boteros,vinhateiros, e padeiros. Durante 204 horas, Pamplona se transforma numa gigantesca festa em que quase todos os participantes, locais e forasteiros, se vestem de branco e vermelho e inundam a zona histórica durante dia e noite. Os Sanfermines iniciam-se com o chupinazo (lançamento de um foguete da varanda do Ayuntamiento) ao meio-dia de 6 de julho e terminam na noite de dia 14 com a canção de despedida Pobre de mí, uma espécie de lamento coletivo porque as festas chegaram ao fim, cantado em coro nas ruas e praças da cidade. Uma das atividades mais famosas dos Sanfermines são os Encierros. A corrida de touros ocorre com as largadas de touros e reses entre o lugar onde os animais pernoitam, na Cuesta de Santo Domingo, nas traseiras do Ayuntamiento, até à praça de touros, num percurso de 800 metros na parte antiga da cidade. As largadas têm lugar todos os dias entre 7 e 14 de julho às oito da manhã e duram aproximadamente três minutos se os animais não se atrasarem. Os Encierros são uma tradição de séculos e desde 1867 que estão regulamentados oficialmente. A participação nos Encierros, ou seja, correr à frente dos touros e reses, é uma atividade perigosa, que envolve o risco de feridas graves por vezes mortais, acentuado pelo hábito de consumo excessivo de bebidas alcoólicas durante toda a festa e por ser usual que muitos dos corredores tenham passado a noite em claro antes da largada, só indo dormir depois disso. Os animais dos Encierros permanecem na praça de touros até à tourada realizada diariamente todas as tardes de festa. Outro marco da festa é o concurso de fogos de artifícios, que acontecem todos os dias na Ciudadela as 23 horas, onde várias empresas competem em apresentações de 20 minutos, sendo um verdadeiro espetáculo de luz e som, que leva o público ao delírio. Esta festa local ganhou notoriedade internacional com a publicação da novela O sol também de lavanta do escritor Ernest Hemingway. Hoje este evento está mais popular do que nunca, com milhares de pessoas de todo o mundo que vão para a cidade todos os anos para comer, beber, se divertir e ver a corrida pelas estreitas ruas de Pamplona.




TRANSPORTE

Pamplona é o ponto de conexão entre as regiões do País Basco. Distante de Madri 379 km, Barcelona 590 km, San Sebastián 105 km.

AÉREO - O Aeroporto de Pamplona encontra-se a 6 km da cidade, entre os municípios de Noáin e Galar (Esquíroz). Há voos de Madri e Barcelona para a cidade, que aterrissam no Aeropuerto de Noaín.

FERROVIÁRIO - A estação ferroviária de Pamplona está situado no Bairro de São Jorge. A estação tem ligações diárias com Alicante, Alsasua, Barcelona, Burgos, Irun, Hendaye, Leão, Madrid, Oviedo, Palência, São Sebastião, Valência, Vitória e Saragoça. O melhor serviço de comboio, o Alvia (denominação comercial: Altaria), um serviço de alta velocidade, liga Pamplona com Madrid (Atocha) quatro vezes diariamente e Pamplona-Barcelona também é servido pelo Alvia.

RODOVIÁRIO - Pamplona está ligada por autoestrada com todas as capitais de província que rodeiam Navarra (Vitória, São Sebastião, Logroño e Saragoça), exceto Huesca, à qual está ligado pela estrada nacional N-240. Diversas estradas ligam às cidades mais importantes do departamento francês dos Pirenéus Atlânticos perto da fronteira. Outro eixo rodoviário importante é o de circunvalação de Pamplona, composto pela PA-30 (Ronda de Pamplona) e a A-15 (Ronda de Pamplona Oeste), que liga entre si os municípios da Cuenca de Pamplona e os vários bairros da cidade, distribuindo o trânsito entre algumas zonas da área metropolitana.


COMPRAS

Os preços em Pamplona são mais caros, por se tratar de uma cidade muito rica e com custo de vida elevado. A cidade conta com dois grandes centros de compras. Nos meses de julho e agosto ocorrem as “rebajas” (queima de estoque), durante o Festival de São Firmino. 


RESTAURANTES 



O aspecto mais conhecido da Gastronomia Pamplonesa são os pintxos (petiscos), com grande variedade e qualidade. Apesar de serem consumidos e promovidos ao longo de todo o ano, há um concurso anual consolidado durante o qual os bares e restaurantes se esmeram para deliciar ainda mais os seus clientes. O concurso decorre durante uma semana no final de março ou início de abril e tem vindo a ser alargado a outras cidades navarras. Nele participam inúmeros estabelecimentos, que são avaliados, sendo premiados os melhores, tendo em conta critérios como cor, sabor, criatividade e textura. A parte mais antiga, nomeadamente as proximidades da Praça do Castelo, é a que tem a maior concentração de estabelecimentos especializados em pintxos. Nos restaurantes é possível degustar a gastronomia típica da região, sendo comum os menus muito variados. Alguns dos ingredientes próprios da gastronomia navarra são, por exemplo, as alcachofras, as favas, a borragem, os espargos, os pimentos del del piquillo e feijão, principalmente vermelho e pochas (uma variante branca consumida fresca antes de amadurecer totalmente). A variedade e abundância de cogumelos na região é usada na culinária de várias formas, consumindo-se quer sozinhos quer como acompanhamento de guisados. Nas carnes têm destaque as costeletas de buey (touro castrado) e de vitela, o cordeiro en chilindrón (em basco: arkumea txilindron, um estufado com tomate e verduras), o gorrín (leitão) assado e o zikiro jate (cabrito castrado assado com lenha de faia). A caça também é muito apreciada, se bem que os pratos sejam muito sazonais. Entre a caça mais grossa, destacam-se os pratos de javali, gamo, corça e veado, mas há também inúmeros pratos com animais de caça menores. Quanto a peixe, destaca-se o salmão do Bidasoa, as trutas à navarra, as enguias com pochas, entre muitas outras variedades comuns de peixes.As sobremesas, doces e pastelaria navarras são muito variadas. Destacam-se as confeccionadas à base de lacticínios, nomeadamente queijo e coalhada. A região é pródiga em variedades de queijo, especialmente de ovelha. A melhor forma de conhecer a deliciosa culinária basca é fazer o txikiteo (palavra basca para - sair para comer tapas) nos bares da La Navarrería, a parte antiga da cidade. Para sair a noite a cidade não conta com um número muito grande de casas noturnas.



HOTÉIS

Hotel La Perla, um dos hotéis mais antigos de Espanha ainda em funcionamento; um dos seus hóspedes mais famosos foi Ernest Hemingway; depois de muitos anos de decadência, atualmente é um hotel de luxo.





FOTOS



 

















 


 





















































 




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